sábado, 6 de junho de 2009

Buenos Aires Herald

Buenos Aires Herald

Foi postado ontem no site Buenos Aires Herald, uma entrevista com Harry e Tom, que falaram sobre a trajetória que a banda vem fazendo durante os últimos tempos. Confiram a tradução abaixo:

Eles passarão com as cores do McFly?

Quentes nos passos dos queridinhos americanos Jonas Brothers, que tocaram no estádio do River Plate duas semanas atrás, estão os queridinhos britânicos McFly. A banda, que tem estado no topo das paradas britânicas desde 2004, devia claramente estar aposentada agora de acordo com as complexas leis de longevidade da música pop, mas Harry (23), Tom (23), Danny (também 23) e o pequeno Dougie de apenas 21 anos, estão em sua primeira turnê pela América do Sul e planejam ficar juntos por algum tempo ainda.

Tirando o Danny que foi votado o “Homem Mais Desejável 2005″ por leitores da agora extinta bíblia adolescente britânica Smash Hits, um dos outros destaques da carreira do McFly é que eles são a banda mais jovem a ter um cd de estréia no primeiro lugar - Room on the 3rd Floor tirou o título dos Beatles com relativa facilidade quando foi platina dupla em 2004.

Voando do Brasil dois dias atrás onde fãs pularam no carro deles e eles foram retirados às escondidas do hotel por medo da multidão, McFly vai tocar na La Trastiend Club essa noite e irá ao Chile amanhã. Fazer as rodadas da mídia é parte e parcela da carreira que eles escolheram e me prometeram um tempo com pelo menos dois deles. Mas quais dois? Acabou sendo o vocalista loiro Tom Fletcher e o baterista Harry Judd, com um capuz cobrindo seus cachos escuros.

Tom de uma única covinha diz: “Chegamos na tarde de quarta-feira e fomos levado para jantar carne no porto. Depois tivemos uma sessão de fotos na ponte lá de manhã e como só estamos aqui por poucos dias, isso infelizmente quer dizer que não podemos sair muito e ver as coisas.”

No Brasil o McFly tocou para 6.000 fãs em uma noite: em Buenos Aires a situação é diferente já que a contagem máxima de pessoas será de 900, uma experiência mais íntima para a banda, e muito diferente do que aconteceu no River duas semanas atrás quando os Jonas Brothers tocaram para uma audiência hormonalmente carregada de 65.000. Tom diz: “Vimos eles antes de virmos à América do Sul e por pouco não os pegamos em São Paulo. É loucura pensar que nós até temos fãs, já que nunca viemos a Argentina antes, então estamos só desenvolvendo no momento.”

Fazendo música por seis anos e com uma idade média de 22, parece que esses jovens homens, certamente o 50 porcento da banda que conheci, têm os pés nos chão, são coerentes e riem educadamente das minhas piadas. Muito não rock ‘n roll. Eles parecem ser o tipo de jovens que minha irmã de 22 anos provavelmente poderia levar em casa para nosso pai, e não o de jovens que fizeram uma amiga minha jornalista chorar uma vez em uma entrevista, como ela me diz. Isso é um pouquinho mais rock ‘n roll. Então como eles conseguem se manter estáveis no meio do caos?

Harry diz: “Nossas vidas são normais, tipo na próxima semana estaremos de volta à Inglaterra fazendo shows normais, e aí vou viajar ao interior para visitar minha mãe e meu pai. Não somos celebridades que são seguidas pelos paparazzi. Temos ótimos fãs no Reino Unido, mas quando não estamos em turnê, temos um vida quieta. Embora tenhamos mais fãs na Inglaterra e tocamos em locais maiores, na verdade temos mais privacidade.

“Somos todos melhores amigos dentro da banda e se fosse diferente, teríamos que se esforçar para gostar do que fazemos. Ainda temos amigos da época de escola e isso é muito importante para nós.”
Tom acrescenta: “Sim, na próxima semana vamos ir ao supermercado para comprar leite e queijo, e todos também temos interesses fora da banda.”

Terem encontrado a fama enquanto adolescentes, eu pergunto se não conseguiram terminar o Ensino Médio. Tom diz “O Harry e eu fizemos o 1º ano e então saímos para nos juntar ao circo! Somos todos genuinamente próximos e até mesmo nas situações mais estressantes sempre damos um jeito de nos divertirmos. Nenhum de nós nunca se empenhou para ser famoso - a música é o que amamos e a fama é um subproduto disso.”

Harry acrescenta: “Muitos dos meus amigos estiveram na universidade e agora estão procurando emprego. Somos muito sortudos por estarmos em uma banda e termos um estilo de vida incrível. É um pouco agitado, mas temos tempo para nós mesmos. Temos feito isso por seis anos agora, então as coisas se acalmaram um pouco. No fim do dia todos temos uns aos outros. Nenhum de nós conseguiria fazer isso sozinho, sem contar que seríamos bem restritos com nossos talentos! Bom, eu falo por mim mesmo.

“Embora todos queremos estar na banda por um longo tempo, vai chegar em um ponto em que podemos ter o luxo de ter um tempo de folga e talvez fazer mochilão. Mas agora somos jovens e queremos concentrar em nossas carreiras.”

Ainda preocupados com a parte da educação que perderam, eu decidi dar ao par um quiz sobre a Argentina.
Primeiro. Podem dizer o nome do presidente? É um unânime “não.”
Qual foi o ano da independência? “Ah, estudei história,” aponta Harry, “mas foi tudo sobre a Segunda Guerra Mundial.” Novamente, um enorme zero.

“É por isso que estamos em uma banda! Não temos outra opção de carreira,” ri Tom. Eles disseram que retornarão no ano que vem quando descobriram que a Argentina vai estar em uma grande fiesta celebrando os 200 anos de independência.
Pergunta três. Quantos países vizinhos a Argentina tem? Cite os nomes deles. Isso traz um gemido coletivo. Bravamente, Harry se aventura em “nos dê alguma idéia. Brasil? Peru? Chile? enquanto Tom alega que “alguma coisa acabou de me vir à cabeça e foi embora.” De fato uma provável história.

Enquanto o assunto cinza está silenciosamente se afastando, pego um pedaço da conversa do outro lado da sala onde Danny e Dougie estão sob exame minucioso. “…Vou começar a vestir leotardos, eu acho.”
Harry graceja: “Você tem sorte por ter pegado o Tom e eu, já que seria uma entrevista totalmente diferente com aqueles dois. Ficaria surpreso se eles até soubessem em que país estão.” Agora é uma risada coletiva.
Língua falada? Em um uníssono respondem: “Espanhol.” O Tom quebra a cabeça para falar a palavra “não” - e falha.
Na pergunta cinco eles têm que dizer o nome da moeda corrente. “Tenho um amigo que está estudando espanhol e viajando aqui, ele seria de longe bem melhor nesse quiz,” diz Harry. Mais risada coletiva.
O par rapidamente diz o nome de três argentinos famosos (Evita, Maradona, Messi), então é aumentado para seis. “Você está exigindo muito mais de nós do que exigiria deles,” diz Harry, balançando a cabeça mais uma vez em direção ao Danny e ao Dougie obcecados por leotardos.

E é o fim do quiz. Não há prêmios para as poucas respostas corretas, Tom e Harry, mas muito bem por terem tentado. E Danny e Dougie, só para confirmar, o McFly está tocando na Argentina hoje à noite, e vocês esgotaram os ingressos.

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